Hilary foi entrevistada pelo site “The Out Most” nesta semana! Confira o bate-papo traduzido por nossa equipe a seguir.
Tradução: Nuara Costa
Oito anos após seu último lançamento, a antiga estrela adolescente Hilary Duff conta ao Conor Behan o que ela fez durante a sua pausa da publicidade – bebendo vinho, aprovando no Tinder – oh, e colaborando com Ed Sheeran.
“Eu sou uma moça muito ocupada agora!”, diz Hilary Duff quando conversamos com ela pelo telefone. Ela não está errada, com um novo CD, um programa que é um hit na TV nos EUA, ela está de volta às divulgações depois de um tempo longe dos holofotes.
Duff era um nome muito conhecido para muitos adolescentes durante os anos 2000, entre seus dias de Disney em Lizzie McGuire (uma série que fomos educadamente pedidos para não discutirmos durante a conversa) e o lançamento de múltiplos álbuns, três dos quais foram número 1 nos EUA.
Mas ao contrário de muitas estrelas teen chegando aos 20 anos, Duff (agora com 28) não ficou aos olhos do público, preferindo tirar uma folga em 2008. É um passo interessante e que parece apenas adicionar a antecipação que circulava sua volta ao pop, que culminou em um novo álbum esse ano, Breathe In. Breathe Out.
Faz 8 (!) anos desde que Duff lançou música, então eu tive que perguntar para ela o que mudou desde seu último lançamento.
“Oh, tanto. Eu não quero usar a palavra congestionado, eu não acho que é a palavra certa mas há tantos outros artistas agora.” Ela diz, adicionando “Há diferentes maneiras para as pessoas fazerem [música] ou seguirem. Eu acho que essa parte é incrível.”
Mas a nova maneira com a qual as pessoas escutam música tem alguns pontos fracos, como Hilary reconhece: “Me parece que as pessoas estão mais inconstantes do que eram. Elas irão se importar com uma música mas não necessariamente sobre o artista. Há muitos artistas que eu ouço a música no rádio ou apenas aleatoriamente e fico tipo ‘Oh, gostei que vou aprender essa música’ mas antigamente eu sinto como se você fosse fã, você compraria o CD e saberia sobre a pessoa, e aprenderia sobre ela e seria fã. Eu sinto que é muito diferente. É tipo ‘ok, ou você tem um hit ou não’ e é muito rápido.”
É uma resposta pensativa e uma das muitas de Duff enquanto conversávamos. Eu esperava respostas alegres e curtas, mas ela fica feliz em expandir as realidades sobre voltar ao pop depois de algum tempo longe. Ela abraçou as redes sociais, que ela diz ser “muito informativo”. De fato, Duff aparenta gostar de comunicar-se mesmo com os fãs através das redes sociais.
“O que realmente faz a diferença pra mim é o que meus fãs tem a dizer, sabe, meus fãs de verdade, que me seguem no Twitter e eu me conecto com eles todos os dias. Eles são os que eu quero orgulhar.” Ela diz depois da estreia em quinto lugar do seu álbum, o que ela diz “não poderia esperar nada melhor.”
Ela diz que trabalhar no álbum foi um “longo processo” e admite que o material inicial era “um pouco mais folk” e sua pausa para filmar a série de TV e uma viagem para a Suécia no início desse ano “realmente me ajudaram a trazer o som super-pop.” O resultado é uma mistura de pop dance estilizado e sons mais acústicos. Para ajudá-la a chegar a esse ponto, vários compositores talentosos e alguns amigos popstars ajudaram. Duff entrou no estúdio com Tove Lo, do mega hit Habits, e o superstar pop Ed Sheeran.
“Foi ótimo, sou muito fã de ambos”, ela diz, falando sobre como seu tempo com Tove Lo levou ao single Sparks. Parece que o pop sueco deixou uma impressão em Hilary. “Tove é tipo essa, sei lá, hippie durona, sabe. Ela era destemida e eu amo isso. Era realmente legal trabalhar com ela. Eu sou uma grande fã da sua composição e dela como artista. Foi bom passar um tempo com ela na Suécia e foi incrível. Foi muito divertido.”
Sheeran deu a Duff a faixa Tattoo, que ela acabou gravando com ele no estúdio.
“Ele é extremamente talentoso e eu estava nervosa em trabalhar com ele,” ela confidencia. “Eu sou uma grande fã e não escrevi a música, ele escreveu. Ele estava lá quando eu gravei e eu acho que você esta sempre querendo ter certeza de que está orgulhando o compositor da música.”
Duff sente que os colegas performers podem se entender melhor no estúdio, mas é honesta sobre o quão nervosa ela estava sobre voltar ao estúdio com qualquer pessoa. “O processo todo foi enervante no início, porque eu não tinha escrito durante muito tempo e não tinha exposto essa parte de mim por um tempo. Então achei confiança para ter uma ideia. Você tipo tem que se atrever a ficar horrível.”
Duff não recebeu atenção por seu tempo no estúdio, apenas. Quando saiu a notícia que ela estava no Tinder, levantou algumas sobrancelhas e até apareceu na primeira versão do vídeo de Sparks (apesar que Duff me disse que sempre foi o plano de lançar uma segunda versão com dança no vídeo).
Sua jornada no Tinder teve o objetivo de mostrar o dia a dia de Duff. Ela me disse que quando não está trabalhando ela faz o que qualquer pessoa faria. “Fico em casa, bebo vinho com minhas amigas,” ela diz “e obviamente nós não estamos no Tinder o tempo todo, mas aquela foi uma coisa que realmente aconteceu.”
“Eu não usei o Tinder por muito tempo” ela diz. “Eu acho que meu perfil ainda está ativo mas eu não estou olhando. É muito difícil pra mim. Foi divertido pois nenhum dos meus amigos achavam que eu fosse me inscrever, e ninguém no mundo pensava que eu fosse.”
E apesar de não estar usando agora, foi uma experiência agradável para ela. “Foi um experimento social divertido, eu diria. Pra ser sincera, havia tantas pessoas normais lá, havia alguns esquisitões, claro, mas eu conheci caras fofos e normais.”
O ar normal e cordial de Duff é claro no telefone e quando eu perguntei o que a manteve com os pés no chão apesar do sucesso precoce, ela acha que a pausa na carreira deve ter ajudado.
“Honestamente, eu acho que dar um tempo de gravar CDs, fazer turnês e tudo isso foi uma decisão consciente. Eu não sabia que eu esperaria 8 anos, mas sabia depois da minha última turnê que não trabalharia por um tempo. Eu tinha apenas 20 e alguma coisa. E todo mundo ficou muito chocado, sabe? Eu estava bem sucedida e todo mundo estava fazendo dinheiro. Era muita coisa. Eu estava percebendo que por mais que estivesse me sentindo agradecida por tudo, eu não estava tão feliz porque eu era uma jovem, mas não sabia muito sobre mim. Eu não cresci sozinha. Eu só estava trabalhando, trabalhando, trabalhando e muito protegida. Dar um tempo realmente me deixou me autoconhecer e saber o que era importante pra mim. E meio que manteve minha cabeça no lugar, eu acho.” Ela admite que se divertiu e agiu como boba – “mas privadamente.”
“Depois eu comecei a ter uma família e acho que é inato a mim e também o fato de tomar decisões conscientes sobre quem eu coloco ao meu redor.”
Apesar de sua pausa e de seu retorno bem ocupado, parece que retornar ao trabalho está na agenda de Duff agora.
“Ah sim, eu quero muito fazer um álbum novo”, ela fica entusiasmada quando perguntada sobre seus objetivos, claramente louca para voltar a fazer música.
“Eu tenho algumas ideias sobre o que quero fazer depois e com quem eu adoraria trabalhar. Obviamente eu gostaria de fazer um novo álbum, mas estarei em turnê com esse no ano novo e vou começar a filmar a segunda temporada da série em Nova York em setembro.”
Enquanto trabalha na série, uma comédia bem recebida chamada Younger, Duff pode tentar fazer uma visita à Irlanda. Ela lembra que “teve um ótimo show” quando estava na Irlanda pela última vez e gostara de começar sua turnê na Europa.
Eu fiquei impressionado como Duff é honesta, pé no chão e sem guardas quando conversamos. Essa mistura de agradabilidade e entusiasmo por estar de volta ao pop, significarão que Duff irá manter esse “moça ocupada” pelo tempo que quiser.